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23 de abril de 2024
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Polícia pede prisão de padrasto que engravidou menina de 11 anos

A Polícia pediu a prisão do padrasto da menina de 11 anos que engravidou após três anos de abusos sexuais. A delegada que acompanha o caso Ingrid Albuquerque afirmou que já encaminhou a Justiça o pedido de prisão do suspeito que não teve o nome divulgado para proteger a identidade da vítima dos abusos. Segundo a delegada, ele conheceu a mãe da menina quando ela ainda estava grávida e registrou a garota como filha dele. Ele já teria sumido por prever as consequências dos abusos sexuais que culminaram na gravidez.

“Ela relatou que o lar era permeado de violência doméstica. Ele já agredia a mãe dela, ameaçava ela constantemente para ela não relatar os abusos sofridos a mãe. Ele era usuário de drogas e então já era esse lar violento. Desde os nove anos de idade ela era abusada sexualmente. Ela se encontra hoje com 11 anos, é uma criança”, pontuou a delegada.

A menina foi atendida no Samvvis, o Serviço de Atendimento a Mulher Vítima de Violência Sexual, na Maternidade Dona Evangelina Rosa na última segunda-feira (06), encaminhada pelo Conselho Tutelar de Timon onde a criança reside. A instituição teve conhecimento do caso através de denúncia anônima em que mãe e filha estavam em estado de choque após descobrirem a gravidez.

A conselheira Ruth Gomes foi ao local. O primeiro passo foi retirar as duas do bairro e dar andamento ao procedimento legal.

“Nós retiramos as duas do bairro e conferimos que de fato a denúncia era verídica e aí imediatamente para não expor mais a ação. Haja vista que já estava muito tumulto no local, nós retiramos a criança e a mãe e trouxemos para o Conselho para ouvi-las com mais sigilo e aí verificamos que era verdade a criança estava mesmo grávida. Tinha sido abusada segundo relatos da própria criança. E aí nos dirigimos a Polícia onde foi feito o exame de Corpo de Delito”, explicou a conselheira.

A criança agora está na casa de parentes e foi levada para Teresina inicialmente porquê o município de Timon não dispõe de serviço especializado em aborto legal, mas a criança já está realizando o pré-Natal no hospital Alarico Pacheco. A direção informou que ela já está sendo assistida por uma equipe de multiprofissionais formada por obstetra, assistente social e psicóloga.

Outro médico do município também especializado em atendimento da mulher explica porquê o aborto não é permitido pelo Ministério da Saúde nessa situação. “O aborto consiste na interrupção da gestação até o peso do feto 500g. Isso corresponde a uma gestação de 20 a 22 semanas. Ultrapassando esse período o risco inerente a esse procedimento, inclusive em relação a mulher, aumenta em cerca de quatro vezes com maiores necessidades de procedimento cirúrgico, necessidades de internações e doses de medicamentos. De modo que não há a recomendação. O risco supera o benefício da interrupção da gestação nesse período”, explica o obstetra Marison Armstrong.

 

 

Fonte:CidadeVerde

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