Uma quadrilha suspeita de furtar equipamentos de exames em clínicas oftalmológicas no Piauí foi desarticulada nesta quarta-feira (1º). No total, cinco pessoas foram presas em Tocantins, Goiás e São Paulo. A suspeita é de que o grupo tenha lucrado ao menos R$ 1 milhão este ano a partir das vendas dos produtos furtados.
O empresário Samir Davi Abdalla Júnior, 30 anos, foi apontado como o chefe da organização. Ele é dono de uma empresa que funcionava em uma casa no setor Colombo, em São Paulo. A suspeita é de que ele contratava pessoas para furtar os aparelhos e revendia pela internet a um preço abaixo do mercado. Ele foi preso em São Paulo.
O titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Tocantins, afirma que as investigações começaram após um furto a uma clínica na capital, que foi alvo por duas vezes só este ano.
“No mês de fevereiro foi passado a notícia de um furto a uma clínica oftalmológica dando conta de uma organização criminosa especializada no furto e receptação de equipamentos. A partir destas informações, nós entramos em contato com a Polícia Civil do Pará e Piauí e descobrimos os integrantes e o modo de atuação desta organização”, informou.
De acordo com as investigações, entre dezembro do ano passado e abril deste ano, a quadrilha furtou 10 consultórios oftalmológicos no Piauí, Maranhão, Pará, Bahia, Goiás e Tocantins. O suspeito foi preso em Goiás, juntamente com Lucas da Conceição Ferreira Lima, 22 anos, suspeito de colaborar nos furtos.
Os agentes também descobriram a participação de dois donos de óticas no esquema. Segundo a Polícia Civil, nos diálogos interceptados e investigados, eles aparecem “zombando” e dando “gargalhadas” da facilidade com que praticaram os crimes. Eles também comemoram o fato de a perícia não encontrar provas que pudessem comprometê-los.
Os dois são: Marcos Vinicios Fonseca Tavares, 32 anos, dono de uma loja em Cristalândia. Ele foi preso no município. O outro é Rafael Moreno do Vale, sócio de uma ótica na avenida JK, centro de Palmas. Ele foi capturado em Paraíso do Tocantins.
“Eles informavam os locais e receptavam parte destes equipamentos. Tinha uma ótica na cidade de Cristalândia que um dos sócios da empresa era responsável por repassar as informações. Ele era o elo entre os integrantes da quadrilha e o receptador maior no estado de São Paulo”, explicou o delegado.
*Com informações do G1 Tocantins