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19 de março de 2024
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Policial do Bope assassinado escapou de quadrilha 2 vezes antes de morrer

O coronel James Sean, comandante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) revelou nesta quarta-feira (7) que o policial morto escapou por duas vezes de investida da quadrilha. A última ocorreu há uma semana numa suposta tentativa de assalto.

O cabo Claudemir de Paula Sousa, 33 anos, foi assassinado na noite de ontem no bairro Saci, zona Sul, em uma ação a queima roupa. Segundo o coronel, é preciso esclarecer que Claudemir não estava envolvido com a esposa do mandante do crime, o funcionário da Infraero, Leonardo Ferreira Lima.

De acordo com Sean, Claudemir e Leonardo envolveram-se com a mesma mulher em momentos diferentes. Nenhum dos dois manteve uma união estável ou casamento com a suposta pivô do caso.

“Eles possuem esse ponto em comum, que pode ter despertado os ciúmes de Leonardo, mas é preciso esclarecer que ele não estava envolvida com uma mulher casada, ele é um policial extremamente responsável, não foi exatamente um crime passional, não tínhamos um policial nosso envolvido nesse tipo de caso, o crime passional subentente ciúmes, um duplo relacionamento, que não ocorreu”, esclareceu.

O secretário de segurança, Fábio Abreu, também falou sobre a possível motivação do crime.

“Por ser um policial de reputação ilibada e bastante dedicado à profissão, ele acabou se envolvendo com esta mulher, sabendo de algumas ações ilícitas do Leonardo e o mandante teria desconfiado que ele estaria investigando alguns casos dele, inclusive de fraude no INSS”, disse.

Terceira tentativa

O grupo envolvido no homicídio do policial havia tentado matá-lo duas vezes antes, mas Claudemir conseguiu escapar. A primeira investida ocorreu há cerca de 15 dias, quando dois homens em uma moto o abordaram. Ele, imaginando ser um assalto, conseguiu correr e escapar da dupla.

“Depois disso, há alguns dias, o Luan [Igor Andrade Sousa] e [Francisco] Luan [de Sena], presos hoje, foram até a academia onde ele malhava, procurar por ele. Temos registros nas câmeras de segurança do local, que mostram eles lá no local”, explicou.

Ele disse ainda que no momento em que foi morto, todos os envolvidos estavam preparados para agir, caso fosse necessário. Além das armas usadas no crime, a polícia apreendeu munições e carregadores do revólver 38 e da pistola 380 usadas por Flávio Willame – foragido – e Wesley Marlon Silva, executores de Claudemir. Na casa do mandante, havia munições de arma de fogo.

“Corajoso e dedicado”

Claudemir era policial militar havia oito anos e integrava o grupo de elite da Polícia Militar, o BOPE, havia seis anos. Segundo o comandante do BOPE, Claudemir se destacou desde o curso de formação.

“Ele era um policial extremamente destemido, corajoso e dedicado, atuava em rebeliões, roubos a banco, ações bastante complicadas”, informou.

O comandante destacou que no Piauí há somente 120 homens que integram o BOPE, por ser de difícil entrada. Claudemir integrou ainda a Força Nacional de Segurança, por meio da qual participou da segurança das Olimpíadas do Rio deste ano. Claudemir era considerado um policial bastante técnico, fazendo parte do grupo de explosivistas.

 

Fonte: CidadeVerde

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