Após denúncias de consumidores do Açougue Público Municipal de Picos, a Vigilância Sanitária do município realizou vistorias nos ultimas dias no local a pedido do Ministério Público.
De acordo com a coordenadora do órgão, Lúcia Neiva, as irregularidades no local são tantas que ficam até difícil de listar.
“O espaço físico está bem precário, em nosso relatório condenamos o funcionamento, porém, como lá será algo temporário pedimos algumas adequações, entre elas que o profissional que utiliza cada espaço se adeque as normas de higiene propostas pela Vigilância Sanitária, além de manter a integridade do espaço”, explicou a coordenadora.
Durante visita no local, foram contatas a falta de higiene do local, lixo e pedras sujas. Nossa redação esteve no local e conversou com alguns açougueiros, que por medo de represarias, preferiram não gravar entrevistas, mas confirmaram o descaso com o local.
“A principal irregularidade é a falta de higienização. O ambiente é insalubre e não se tem condições de trabalho, além disso, não é realizada uma boa higienização no material utilizado. Os riscos para que consome a carne podem ocorrer não a mesma não seja bem cozida ou se ela for comprada com alguma avaria, dependendo do tempo que ela fique exposta, quanto mais tempo exposta mais provável a contaminação bacteriana”, explicou Lúcia Neiva.
A produção de todo tipo de carne que consumimos deve seguir duas regras básicas para não causar mal à saúde: higiene e refrigeração. Além de ser produzida, transportada e armazenada em locais a carne não pode ficar mais do que duas horas em temperaturas acima de 7°C.
Comer carne estragada pode causar dor de cabeça, vômitos, diarreia, febre e até mesmo levar à morte. São duas as causas dos sintomas: a intoxicação alimentar, causada pelas toxinas produzidas pelos micro-organismos presentes na carne que ficou fora da geladeira, e a infecção bacteriana, causada quando a bactéria entra no organismo da pessoa. Ao aparecerem os primeiros sintomas, deve-se procurar um médico.
