Porto, no Piauí, tem lenda de briga de bois e projeto inovador de educação

O Piauí de Riquezas deste sábado (4) conta a lenda do município e ainda mostra a gastronomia, as festividades de Porto e um projeto inovador na área da educação. Confira:

O município surgiu a partir de uma antiga vila chamada Vila de Imaculada Conceição, mas, anterior disso, a localidade era conhecida como Marruás (nome dado a grandes bois genitores) por haver uma fazenda de gado na região pertencente à cidade de Barras.

Segundo a professora Silvia Sousa, Porto carrega uma lenda da briga de dois bois que foram fundamentais para a atração de pessoas à região.

Em um trecho do hino da cidade é dito: “…Canoeiro, abismado no leme / Para ver brigas de Marruás…”.

Para o professor Francisco de Jesus, a lenda tem um importante peso para a história e cultura da cidade. No centenário de Porto, um monumento na entrada do município foi construído para simular a briga de dois bois.

A cidade de Porto é situada às margens do rio Parnaíba e por meio das águas que o município se desenvolve a cada ano.

Além do escoamento de mercadorias, outra prática que cresceu em Porto foi a travessia de pessoas e veículos de uma margem à outra. O barqueiro Francisco Silva, por exemplo, transporta em média 500 pessoas em um dia, trabalhando entre 5h às 18h. A travessia custa R$ 5 por pessoa ou veículo.

Para transformar a educação do município, no ano de 2022 a prefeitura implantou um projeto para auxiliar a educação municipal. Por meio dessa iniciativa, o professor doutor Ramon Hernandez, venezuelano por nacionalidade e piauiense de coração, chegou à Porto.

O “Projeto Borboleta, Alfabetiza sim” trabalha com crianças e adolescentes da rede pública ensinando língua estrangeira e produzindo oficinas para integrar a comunidade e o alunado.

Um dos carros-chefes da culinária de Porto é o bolinho de cera. A iguaria leva esse nome porque possui um brilho diferente de um bolo comum, ele aparenta ser encerado devido esse brilho.

A receita é bem simples e leva apenas quatro ingredientes: farinha de goma, banha de porco, ovos e açúcar. O segredo para o acabamento brilhoso é o cozimento da massa, em água fervente antes de levar os bolinhos ao forno.

A residência mais antiga da cidade, com mais de 100 anos, é a casa de um recordista no município. Francisco Lima, conhecido com o Quim, foi eleito 8 vezes rei momo do carnaval da cidade. Ele contou o quanto gosta da festa e como a cidade sempre foi animada.

Outro portoense que apesar de morar na capital, guarda boas lembranças do carnaval na sua terra natal é o músico Antônio Carlos Gonçalves.

“Eu fazendo essas marchinhas com meus amigos aqui, me veio a ideia de fazer uma homenagem pra Porto. Em uma das músicas eu falo sobre a cidade, os pontos turísticos, e a outra música sobre as personalidades que encontramos lá”, explicou.

Antônio Carlos é autor de duas marchinhas carnavalescas sobre Porto, além destas, o músico fez inúmeras canções em sua carreira para a capital e sua terra natal.