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23 de abril de 2024
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Pré-natal deve ser melhor acompanhado com proliferação do mosquito

No dia em que a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, esteve no Nordeste para acompanhar de perto ações de combate às doenças causadas pelo Aedes aegypti e no tratamento de microcefalia, o diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde (DUVAS) da Secretaria de Estado da Saúde, Herlon Guimarães, solicitou que as grávidas sejam mais exigentes no pré-natal.

“Os estudos revelam que nos primeiros três meses de vida as chances de a mãe ser acometida com alguma infecção e o bebê ter seu desenvolvimento prejudicado são maiores. É exatamente neste período que tem que ser mais criterioso e façam pré-natal de forma correta”, afirmou.

Ele destaca que ideal é que a partir da 20ª semana de gravidez, a gestante faça uma ultrassom por mês, fazendo a ultrassom morfológica que pode dá um parâmetro. No entanto este exame não é ofertado no serviço público. “O diagnóstico de microcefalia é incerto, sendo confirmado apenas após o nascimento. Mas depende de cada organismo”, afirmou.

Diretora da OMS diz que zika é mistério

Margareth Chan disse que estava em Pernambuco para aprender sobre o problema. “É preciso aprofundar o estudo da relação da zika com a microcefalia. A zika é mistério. Ainda estamos tentando obter respostas. Precisamos comparar padrões. O Brasil tem pessoas competentes. Não tenho medo do mosquito. O trabalho tem sido excelente. Não é fácil. Faço um apelo à mídia: vamos trabalhar juntos”, declarou.

A diretora também fez uma apresentação com tradução. Ela falou da importância da transparência de dados no Brasil e afirmou que o governo agiu com coragem. “Não é fácil combater o problema, mas a gente pode. A cada dois anos há um ciclo de doenças ligadas ao mosquito. Vamos contar com a população e reduzir a população do Aedes aegypti. Se o Brasil se mobilizar, irá causar uma mobilização nos outros países da América Latina”, ponderou.

A sanitarista ainda mandou mensagem para as mães com recém-nascidos vítimas da microcefalia. “Temos que pensar nas famílias. Vamos enfrentar este drama por muitos anos. Temos que entender como ajudar essas pessoas”, encerrou. Integrante da comitiva da diretora da OMS, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, ressaltou a expectativa de que as vacinas desenvolvidas no Brasil fiquem prontas o mais breve possível. A estimativa é de que em três anos a do vírus da zika fique pronta e em dois a da dengue.

Castro destacou que é preciso engajamento de todos. “Há cidades que acabaram com o mosquito com uma ação conjunta entre governo e a população. Jaguaribe, no Ceará, é um exemplo. Se lá conseguiram, os outros municípios também podem”, salientou.

 

Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press
Com informações do G1

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