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20 de abril de 2024
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Prefeitura diz que prejuízo para alunos após greve de 100 dias é incalculável

Sala de Aula / Foto ilustrativa: Semec

Um dia após publicar decreto autorizando a Semec reorganizar o calendário escolar no município e cortar o ponto dos professores que não retornaram ao trabalho, a Prefeitura de Teresina afirmou hoje que procura agora uma maneira de recuperar o tempo perdido após 100 dias de paralisação. Para o secretário de governo de Teresina, André Lopes, o prejuízo é incalculável.

“Eu acredito que um dos grandes desafios que nós teremos esse ano é conseguir dar uma solução para os alunos e fazer com eles recuperem esse tempo perdido. O prejuízo é incalculável”, afirmou.

O desafio, de acordo com o secretário, é reunir os profissionais e procurar uma solução. “Um jeito de repor esse tempo perdido da maneira mais eficaz possível. Nós temos estudantes que vão passar daqui a pouco para o ensino médio, estudantes que tiveram seu aprendizado de leitura retardado e esse prejuízo é incalculável na formação do estudante. Isso vai repercutir lá no futuro”, declarou.

O gestor reiterou que está mantido o corte no ponto dos professores que não retornarem ao trabalho.

“Quando o juiz diz que a greve é ilegal não há mais elementos que impeçam de fazer esse corte. Não aconteceu até o momento, pois a gente quis oportunizar aos professores o retorno voluntário às aulas, mas infelizmente o prejuízo já estava ficando insustentável e o prefeito se viu obrigado a fazer essa nova determinação”, justificou.

O motivo da greve

Segundo o secretário, setores mais radicais do sindicato não aceitam que o reajuste proposto do piso nacional não necessariamente deve ser repassado a todos os profissionais.

“O Governo Federal delimita o piso nacional do magistério, que é aquele menor valor que o professor deve receber. A prefeitura de Teresina já tinha uma tabela de cargos e salários que pagava acima desse piso. Então o reajuste que foi proposto pelo governo federal de 33,23% que incidiu sobre o piso não necessariamente deve ser repassado a todos os profissionais, pois boa parte deles já recebe a mais do que o piso. No fim da carreira do magistério há professores que recebem mais do o dobro do piso. A prefeitura está cumprindo a lei e paga acima do piso do magistério. Existe uma ala radical no Sindicato não aceita o diálogo com a prefeitura”, finaliza.

Fonte: Hérlon Moraes / CidadeVerde

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