19 de abril de 2024
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PRF apreende ônibus de Patos e prefeito fala sobre o caso: “Estava servindo a quem precisa”, diz

Na última quarta-feira, 29 de março, um ônibus do município de Patos do Piauí, foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando chegava à cidade de Picos. Segundo constatou a PRF, o veículo, que é destinado ao transporte escolar, não estava transportando alunos, estava sendo utilizado para o transporte de pessoas para outros fins. Eram pacientes com insuficiência renal e que fazem tratamento semanalmente em Picos. Após a apreensão, a equipe da Polícia Rodoviária acompanhou os pacientes até o Instituto dos Rins.

O caso teve grande repercussão na mídia estadual, e também, no município de Patos do Piauí. O prefeito do município, Agenilson Teixeira Dias, falou sobre o caso. Segundo o prefeito, cerca de 12 pessoas do município de Patos do Piauí fazem o tratamento em Picos. Para cada paciente é exigido um acompanhante, somando 24 pessoas. Para realizarem o tratamento continuado, os pacientes recebem uma pequena ajuda de custo, que muitas vezes atrasa. “Muitas dessas pessoas são de baixa renda, e segundo eles, a ajuda de custo atrasa muito, mas o tratamento não pode parar e eles são obrigados a pagar do próprio bolso, o que é difícil. Eles me procuraram e eu me sensibilizei com a situação”, disse.

Segundo relatou Agenilson, um micro-ônibus do município que estava parado por problemas mecânicos, foi recuperado. O município teve que gastar cerca de 20 mil reais para poder utilizar o veículo no transporte desses pacientes. A partir de então, todo o custo o transporte passou a ser custeado pelo município. “Da região, do meu conhecimento, Patos é a única cidade que faz o custeio 100% do transporte do pessoal que faz hemodiálise em Picos. A minha intenção foi de possibilitar mais conforto e garantir que eles não parem o tratamento por conta dos atrasos nas ajuda de custo que eles recebiam do Ministério da Saúde”, pontuou.

Na última segunda-feira (27/03), o referido micro-ônibus quebrou após a viagem de Picos. Na terça-feira (28/03), os mecânicos que prestam serviço ao município iniciaram a recuperação, mas, por falta de uma peça, o serviço não foi terminado a tempo de levar os pacientes na quarta-feira (29/03). “A opção imediata que tivemos foi enviá-los no ônibus escolar, mesmo correndo o risco de ser pego em uma blitz. Enviamos porque era um caso de extrema urgência, estava em risco a saúde de 12 pessoas que dependem desse tratamento que fazem em Picos toda segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Sabemos que o ônibus é escolar, mas foi um caso de urgência e não tínhamos outro transporte na cidade adequado para transportar esses pacientes. E eles não podem deixar de fazer a hemodiálise. A não realização de uma sessão de hemodiálise pode trazer sérias complicações e levar até mesmo a morte”, disse o prefeito, que é médico.

Sobre a repercussão política no seu município, o prefeito lamentou. “É lamentável a forma com que esse caso está sendo tratado pelos nossos adversários. Com o único objetivo de falar mal da nossa gestão, eles simplesmente desconsideram a necessidade daqueles 12 pacientes; que nós estávamos servindo a quem precisa; eles desconsideram que a apreensão do ônibus ocorreu quando nós estávamos preocupados com a saúde e o bem estar daqueles pacientes que já sofrem tanto com o tratamento. A população não devia levar em conta o lado político. Foi um desvio de função do ônibus, mas diante de uma situação de emergência para beneficiar os pacientes do município. Talvez aqueles que criticam não tenham um parente fazendo esse tipo de tratamento, porque se tivesse, compreendia a nossa atitude, a nossa preocupação, e seriam gratos por isso”, finalizou.

 

Fonte:Cidadesnanet

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