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25 de abril de 2024
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Pronto-Socorro abre sindicância para investigar denúncia de assédio sexual contra médico no Piauí

Foto: Google Maps

O Pronto-Socorro Municipal de Parnaíba abriu sindicância para investigar uma denúncia de assédio sexual contra um médico de plantão. A denúncia é de uma paciente de 19 anos. Ela contou que durante atendimento, por volta das 7h40, de terça-feira (10) foi assediada dentro do consultório médico.

A paciente deu entrada no Pronto- socorro acompanhada de seu pai. A jovem relatou na triagem que estava sentindo fortes dores de cabeça, no corpo, garganta, coriza e febre. Ela foi encaminhada ao atendimento, onde, segundo relato da jovem, aconteceu o assédio.

A nota que o Cidadeverde.com teve acesso diz que a jovem denunciou o médico porque ele encostou o estetoscópio em seu tórax. No entanto, segundo relato, ele teria apalpado o seio da jovem durante o procedimento.

“Durante atendimento de triagem foi verificado que a mesma apresentava pressão arterial de 120×70, pulso de 117 bpm e temperatura corpórea de 37,9°. No entanto, entende-se que, diante do quadro apresentado pela paciente e, comprovado por exames de triagem, o exame de ausculta cardíaca e pulmonar, fez-se absolutamente necessário e também considerado de rotina em uma consulta médica”, explicou a Prefeitura de Parnaíba através de nota sobre a denúncia da jovem.

A paciente, que após o episódio foi atendida e medicada por outra profissional médica, foi até a Delegacia da Mulher para prestar queixa do caso e registrar um Boletim de Ocorrências. Lá, a jovem disse que se sentiu insuficiente.

“O escrivão não queria nem relatar porque estou com suspeita de dengue e segundo ele poderia transmitir, falou até que isso pudesse aguardar. Revolta. Quando a vítima tem medo, ou até mesmo não denuncia é porque sempre tenta nos calar. Vai ser cansativo, mas não vou desistir”, escreveu a jovem em suas redes sociais.

O que diz a direção do Pronto-Socorro Municipal 

Cidadeverde.com conversou com Paulo Careca, diretor do Pronto-Socorro, sobre o fato e, segundo ele, o médico segue exercendo suas atividades normalmente, mesmo com a abertura do processo de sindicância na unidade de saúde que deve ser concluído em 48 horas.

“Não afastamos o médico porque não encontramos nenhuma falha. Ele tem mais de 45 anos na medicina, é um profissional conceitura e não podemos afastar sem apurar o caso ou até que se prove o contrário. Eu já examinei todos os locais por onde ele já passou como médico e não encontrei nenhuma denúncia contra ele”, acrescentou Paulo Careca.

Segundo informou o diretor do pronto-socorro, o médico já procurou um advogado e deve registrar um B.O. contra a jovem após a denúncia ganhar repercussão na mídia. “Não sei se ela surtou ou tomou um susto na hora. Mas o procedimento que o médico fez foi correto”, completou o superintendente.

A reportagem não conseguiu localizar o médico para comentar o assunto. O espaço fica aberto para que ele possa apresentar sua versão dos fatos.

Confira a nota da Prefeitura na íntegra

Nota de esclarecimento

A prefeitura de Parnaíba, vem esclarecer e informar à sociedade, sobre denúncia de suposto assédio sexual, ocorrido na manhã desta terça-feira (10), no Pronto-socorro municipal.

A paciente, identificada pelas iniciais A. B. P. P, deu entrada no pronto-socorro municipal por volta das 07h40min, acompanhada de seu pai. A mesma relatou fortes dores de cabeça, dor no corpo, dor de garganta, coriza e febre.

Durante atendimento de triagem foi verificado que a mesma apresentava pressão arterial de 120×70, pulso de 117 bpm e temperatura corpórea de 37,9°.

Ao ser examinada pelo médico plantonista, Dr. Cesar Zacarias, a paciente alegou ter sofrido assédio sexual, após o médico encostar o estetoscópio em seu tórax.

A prefeitura de Parnaíba, através da direção do pronto-socorro municipal, bem como a ouvidoria geral do município, abriu sindicância para uma melhor apuração dos fatos.

No entanto, entende-se que, diante do quadro apresentado pela paciente e, comprovado por exames de triagem, o exame de ausculta cardíaca e pulmonar, fez-se absolutamente necessário e também considerado de rotina em uma consulta médica.

Por fim, cabe salientar que, após o episódio, a paciente foi atendida e medicada por outra profissional médica presente em regime de plantão no pronto-socorro municipal.

Fonte: Nataniel Lima / CidadeVerde

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