Cientistas britânicos encontraram seis tipos diferentes da Covid-19, mostra estudo divulgado nesta sexta-feira (17). Segundo os pesquisadores, a descoberta veio de uma análise com um aplicativo que rastreia os sintomas da doença causada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2.
A equipe do King’s College London, do Reino Unido, descobriu que os seis tipos da doença são correlatos aos níveis de severidade da infecção e com a probabilidade de um paciente precisar de ventilação mecânica em caso de internação.
Os seis tipos da Covid-19 descobertos pelos pesquisadores são os seguintes:
- Como uma gripe, sem febre — dor de cabeça, perda de olfato, dores musculares, tosse, dor no peito, sem febre
- Como uma gripe, com febre — dor de cabeça, perda de olfato, tosse, dor de garganta, rouquidão, febre, perda de apetite
- Gastrointestinal — dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, diarreia, dor de garganta, dor no peito, sem tosse
- Tipo severo, nível 1 — dor de cabeça, perda de olfato, tosse, febre, rouquidão, dor no peito, fadiga
- Tipo severo, nível 2 — dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, dor de garganta, dor no peito, fadiga, confusão mental, dor muscular
- Tipo severo, nível 3, quadro respiratório e abdominal — dor de cabeça, perda do olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, dor de garganta, dor no peito, fadiga, confusão mental, dor muscular, falta de ar, diarreia, dor abdominal
Paciente com Covid-19 internado em UTI de Atenas, na Grécia, em foto de 7 de abril — Foto: Giorgos Moutafis/Arquivo/Reuters
Com a descoberta, os cientistas esperam que os médicos consigam prever quais pacientes com Covid-19 correm mais riscos de precisar de atendimento hospitalar em futuras ondas da epidemia.
“Se você consegue prever quem são essas pessoas no quinto dia [após contrair a doença], você tem tempo para dar a elas apoio e intervenções precoce, como monitoramento do nível de oxigênio e açúcar no sangue”, comenta a médica Claire Steves, que co-liderou a pesquisa, em entrevista à Reuters.
O estudo ainda não passou pela revisão por pares, etapa necessária para publicação como artigo em revistas científicas. Além disso, a pesquisa se refere a tipos da doença de acordo com sintomas, e não se refere a outras cepas e mutações do vírus.
Fonte: G1