O deputado federal Rodrigo Martins (PSB) afirmou que está buscando uma sigla de oposição para a qual possa migrar em março de 2018, com a abertura da janela partidária. Rodrigo Martins garante que continuará representando seu papel contra o governo Wellington Dias e o PT, mesmo em outra sigla.
O parlamentar defendeu, em entrevista ao Programa Notícia da Manhã desta segunda-feira (20), que o PSB reencontre uma identidade e que mantenha sua ideologia centro-esquerdista.
“Até março estamos discutindo, debatendo, conversando a respeito das filiações partidárias. O principal critério para que a gente possa debater a filiação de um partido é ele ser de oposição. Não tem como mantermos a nossa coerência política e ir para um partido alinhado ou que vá dá sustentação ao governador Wellington Dias e ao PT, até porque estamos há quase quatro anos debatendo e fazendo enfretamento do ponto de vista de gestão, se posicionando contrário a maneira que o Estado tem sido gerido principalmente quanto às suas finanças”, reforçou.
Sobre a tendência do PSB, que defende que o partido se mantenha na oposição ao presidente Temer (PMDB), mas buscando também uma saída centro-esquerda para a disputa do poder no próximo ano, Rodrigo Martins disse concordar.
“Sim, (esta tendência) agrada, até porque nós queremos que o PSB tenha uma identidade, assim como ele teve no passado e que ele não seja apenas mais um agregado nessa discussão. O que nos deixa incomodados com a direção hoje do PSB é a possibilidade de aproximação com os partidos dos Trabalhadores. Eu defendo que o partido se mantenha na mesma postura de centro-esquerda que ele teve, com suas ideias e ideais […] como era idealizado pelo Eduardo Campos”, ressaltou.
De acordo com o ponto de vista do deputado, o prefeito Firmino Filho realmente não está empenhado em disputar o governo no ano que vem. “Eu acreditei mais. Firmino tem todo o direito de decidir pela não candidatura. Defendo até porque ele tem experiência em gestão e o Estado vai passar por uma crise muito grande do ponto de vista financeiro tendo em vista a realidade do orçamento da União e do Estado, a esses inúmeros empréstimos que estão sendo ventilados e sabemos que é preciso que ter uma pessoa que tenha pulso e gestão e Firmino tem uma experiência já como prefeito de Teresina por quatro mandatos e certamente seria uma pessoa muito qualificada, mas no momento parece que ele já deu um pouco de esfriada”.
Lyza Freitas / CidadeVerde
