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25 de abril de 2024
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Rodrigo Martins revela pressão de Lula para PSB retornar ao governo

Último deputado federal do Piauí a votar pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ontem na Câmara Federal, Rodrigo Martins revelou nesta segunda-feira (18), ao participar do Jornal do Piauí, que o ex-presidente Lula procurou o PSB para saber da possibilidade de o partido voltar ao governo, numa tentativa desesperada de barrar o impeachment.

“O Lula procurou o PSB querendo saber da possibilidade de uma composição para que o PSB pudesse fazer parte do governo e pudesse apoiar a presidente Dilma, mas nós não cedemos. Nós mantemos a nossa coerência. Fomos eleitos  no contexto de uma oposição”, declarou, ressaltando que a investida do ex-presidente ainda resultou em votos para o governo. “Alguns votos que estavam certos terminaram migrando para o lado do governo”, acrescentou.

Para o parlamentar, o governo preferiu negociar cargos ao invés de fazer propostas de melhorias para o país. “O governo federal não fez uma proposta concreta de melhorias para o Brasil, ao mesmo tempo ofereceu ministérios, cargos, em contrapartida do apoio, sendo intensificados nos últimos tempos. O próprio presidente Lula foi para a administração tentando fazer que esse impeachment fosse barrado”, disse.

Rodrigo Martins definiu a votação de ontem como histórica, mas que o momento não era de alegria. “Tivemos ali uma responsabilidade de estar representando o povo para dar a nossa posição a um crime de responsabilidade fiscal que foi cometido pela presidente Dilma. Eu gosto sempre de fazer um paralelo que se aquele crime – o uso indevido de dinheiro público de instituições financeiras – tivesse acontecido com um prefeito no Piauí ou em qualquer outro Estado, há muito tempo esse prefeito teria sido cassado. Hoje eu tinha certeza que ele já não estava mais no cargo como a presidente ainda está”, destaca.

Além do crime de responsabilidade, o parlamentar argumenta que o governo sofreu um grande desgaste na Câmara. “O crime fiscal foi uma gota d’água que aconteceu, tem todo um desgaste. Mais de 70% dos parlamentares votaram a favor. A economia hoje influencia bastante, a inflação galopante e uma ausência de uma agenda”, concluiu.

 

Do Cidade Verde

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