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17 de abril de 2024
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Sarah Menezes busca novos caminhos para a seleção de judô como treinadora

Foto: Divulgação/ CBJ

Uma das técnicas da seleção brasileira de judô aos 32 anos. Hoje é assim que Sarah Menezes se apresenta. Campeã olímpica em Londres-2012, a ex-judoca assumiu o comando da equipe feminina do Brasil no fim de 2021 com um grande desafio e conseguiu colher frutos logo em seu primeiro ano no cargo, com um bom desempenho no Mundial.

Sarah Menezes foi chamada para a função em um momento de instabilidade. Com as medalhas de bronze de Mayra Aguiar e Daniel Cargnin, o judô do Brasil teve nos Jogos Olímpicos de Tóquio o pior desempenho desde Atenas-2004. Para mudar isso, a Confederação Brasileira de Judô decidiu por uma troca quase que completa na parte técnica das seleções e a ex-judoca assumiu o time feminino.

“Tento mostrar para as meninas os detalhes que fazem a diferença Meu desafio é tentar fazer com que elas vejam da mesma forma que eu vejo, porque esses detalhes fazem uma grande diferença. Depois de um começo um pouco desafiador, estou conseguindo mostrar isso para as meninas, que é possível enxergar caminhos diferentes para alcançar os objetivos”, afirmou.

“Foi complicado e desafiador fazer as meninas, principalmente as que estão na seleção a mais tempo, como a Rafaela Silva, a Mayra Aguiar e a Ketelyn Quadros, entenderem a minha forma de ver e passar as coisas no começo. Elas conquistaram muito lutando de uma forma e o desafio no começo era mostrar que a maneira que eu estava mostrando também ajudaria a melhorar o judô delas. Na arte marcial do caminho suave eu busquei mostrar que o meu caminho era apenas diferente, mas o objetivo era o mesmo”, completou.

O SUCESSO NO MUNDIAL

Podemos dizer que o ano de 2022 foi “montado” de uma maneira que os desafios foram aumentando de dificuldade gradativamente. Depois de assumir o comando da seleção feminina, Sarah Menezes foi tendo desafios cada vez mais complexos até a disputa do Mundial de judô.

Nele, as mulheres do Brasil conquistaram dois ouros, com Rafaela Silva e Mayra Aguiar, e uma prata, com Beatriz Souza. Além dos pódios no feminino, Daniel Cargnin foi bronze e o País ficou em segundo no quadro de medalhas da competição. O resultado mostrou que o judô continua forte a nível mundial quando se fala dos brasileiros.

“Claro que as medalhas e os pódios eram desejados e foram trabalhados para que fossem conquistados, todos nós queremos isso, mas vejo que o ano, como um todo, mostrou uma melhora no nível de luta, na qualidade apresentada no tatame. Isso não é fruto só meu, é de todos os atletas, seus treinadores nos clubes e toda a parte técnica da CBJ. Eu vi, e penso que os resultados no ano e não só no Mundial, mostraram isso. Os atletas mostrando que podem e que conseguem lutar de igual para igual com os melhores do mundo sempre. Isso é importante”, afirmou Sarah.

FUTURO E SONHO

Apesar de estar em seu primeiro ano no comando da seleção brasileira de judô, Sarah Menezes não esconde que a ideia de se tornar técnica vem de muitos anos. Segundo a atleta, a “semente” foi plantada ainda em 2016 e o nascimento de sua filha ajudou a acelerar o processo. Na nova posição, a treinadora não esconde o que pensa sobre a função e também sabe qual o maior sonho que possui para a nova carreira.

“Com toda a certeza do mundo lutar é mais tranquilo e mais fácil Sem sombra de dúvidas ser treinadora é mais complexo. Mas é um desafio que eu estou adorando e que me faz ter novos objetivos e sonhos. O próximo objetivo é o Masters, que acontece no próximo mês e reúne os 32 melhores de cada categoria no mundo. Trabalho assim, um degrau por vez e o próximo é esse. Um sonho? Meu maior sonho hoje é ver toda a equipe do Brasil em um pódio olímpico e mundial. É o meu sonho de treinadora e trabalho muito para isso”, afirmou.

Fonte: Estadão Conteúdo 

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