O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Rubens Pereira, disse que 65% dos delitos cometidos no Piauí são considerados de “baixa complexidade”. Pequenos furtos, roubos de celulares e perturbação de sossego lideram o ranking das ocorrências de menor potencial ofensivo mais registradas.
A estatística preocupa as autoridades em segurança pública porque a maioria dos autores de crimes graves iniciou nas práticas criminosas cometendo “pequenos delitos”. O secretário alerta que é preciso um engajamento entre a sociedade, Estado e município para que identificar, prevenir e combater a criminalidade. Para o gestor, o ódio e a intolerância são umas das principais causas da violência.
“Precisamos traçar o perfil dessas pessoas para poder enfrentar a violência. E nós não vamos enfrentar isso só com a polícia , criando quartel, criando delegacia. O crime é um fenômeno social e precisa de um enfrentamento com outros setores no Estado, como a área da saúde, educação, assistência social. É preciso ter um projeto de vida para essas pessoas”, analisa o secretário.
O secretário estadual de Segurança defende que ao ser lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) o Estado deve criar mecanismo para fazer um monitoramento dos suspeitos destes tipos de delitos.
“Para alguns a lei até diz que não pode ser preciso, apenas lavra TCO e aí ele foge da esfera de vigilância do Estado. A partir do momento que não há encarceramento e ele volta para a casa. O Estado tem que ir mais além, acompanhar essas pessoas, saber com quem estão convivendo, se estão trabalhando. Há necessidade do estado fazer esse monitoramento”, disse o secretário.
O gestor cita que nas Audiências de Custódia, caso o suspeito que seja dependente químico manifeste o desejo de largar o vício, ele é encaminhado para tratamento. O secretário argumenta que esse encaminhamento deve ser ampliado, com engajamento de outros órgãos.
“Precisamos ir além do monitoramento, inclusive, antes da ocorrência criminal. Temos que empreender um esforço para que haja uma politica de prevenção efetiva do crime, da violência. Uma integração com todos os órgãos. É preciso também o envolvimento do município”, acrescenta o secretário.
Fonte: CidadeVerde
