19 de abril de 2024
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Secretário vê ‘risco reduzido’ de folha atrasar e pede cautela em reajustes

Em entrevista no Jornal do Piauí desta quarta-feira (31), o secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, acredita que o risco de atraso de salários dos servidores estaduais em razão da crise econômica é reduzido, mas afirmou ser necessário cautela e debate franco sobre as despesas do Governo, como as que podem ser geradas por reajustes dos vencimentos.

“O risco, eu sempre disse, existe. Eu sempre disse isso em 2015, 2016 e 2017”, disse Fonteles. “No momento de crise, em uma crise que se arrasta por três anos, é óbvio que o risco existe. Mas é um risco reduzido, pela análise que eu faço”.

Para o secretário, o Estado deve manter a postura de cautela e corte no custeio, além de ter crescimento da receita um pouco além da despesa para, ao longo de alguns anos, reequilibrar as contas.

Ao falar de reajustes salariais, Rafael Fonteles comentou: “Se a gente não for cauteloso, prudente, e saber dividir o bolo tributário correntamente, de forma parcimoniosa, de forma escalonada. Reajuste de servidores: o que puder escalonar, postergar… São medidas”.

“O risco existe. Temos que ter cautela, temos que ter um debate franco. Mas estamos nos esforçando. Se todo mundo sentar à mesa de forma transparente, nós vamos superar isso, sim”, completou Fonteles.

Empréstimos
Na TV Cidade Verde, Rafael Fonteles comentou também sobre os empréstimos que o Estado pretende contrair. Um deles, com a Caixa Econômica Federal, de R$ 600 milhões, recebeu aval da União e deve ser assinado na próxima semana. Outro, de R$ 315 milhões, também com a Caixa, ainda está em discussão no Ministério da Fazenda.

Sobre empréstimos com instituições financeiras privadas, Fonteles explicou que não há nada definido. O Governo do Estado ainda discute um contrato para quitar a fila de precatórios, estimadas em R$ 950 milhões, para pagar todos os débitos de decisões judiciais e postergar essa dívida por até 15 anos, sem onerar os cofres públicos em até R$ 13 milhões por mês.

Foto: Wilson Filho/Cidade Verde

Quando perguntado sobre os empréstimos, Rafael Fonteles fez questão de dizer que a preocupação atual é com a situação econômica do país, que mais uma vez registrou crescimento negativo do Fundo de Participação.

Lotepi
Rafael Fonteles lamentou a ação movida pelo Ministério Público Federal que questiona o funcionamento da Lotoshow. O secretário atribui colher resultados abaixo do esperado por conta da repercussão negativa do processo. O gestor voltou a criticar o Ministério da Fazenda por pretender que só a União tenha o monopólio dos jogos, através da Caixa Econômica, mas garantiu que o Estado manterá a loteria em atividade. “Recorremos ao Supremo Tribunal Federal para, de uma vez por todas, ter a segurança jurídica necessária para a loteria deslanchar”, completou.

 

 

Fonte: Fábio Lima / CidadeVerde

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