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24 de abril de 2024
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Surto no Piauí: Sintomas da conjuntivite podem persistir por até 15 dias. Veja dicas!

Nos últimos três meses, os hospitais de Teresina têm registrado um aumento na incidência dos casos de conjuntivite. Em meio ao período chuvoso e a facilidade na propagação, uma série de medidas preventivas podem ser adotadas para evitar o contágio. Nisso, a higiene é fundamental. O oftalmologista Thiago Castro, do Hapvida Teresina, indica que os sintomas incômodos da doença aparecem e desaparecem de 5 a 15 dias. “No caso da conjuntivite viral, o tempo de incubação do vírus em nosso organismo leva de 1 a 4 dias, período em que a pessoa já está passível de transmissão, porém sem sintoma algum. É aconselhável que nesses 4 primeiros dias, a pessoa permaneça isolada em casa para não transmitir o vírus a outras pessoas. Após esse período de incubação, os primeiros sintomas começam a aparecer e permanecem por 5 a 15 dias”, indica o especialista.

 

De acordo com Thiago Castro, a conjuntivite viral é a do tipo mais comum e ocorre mais no inverno ou no verão, quando o clima favorece as condições de propagação do vírus, seja porque as pessoas estão em ambientes úmidos e fechados, seja porque estão em piscinas, praia ou no clube. “É altamente contagiosa, normalmente tem um pico de incidência no verão, onde as pessoas nadam na piscina, no mar e dessa maneira acabam contaminando umas às outras, e no inverno onde tem um aumento da incidência de vírus que pode afetar as conjuntivas”, revela o oftalmologista do Hapvida Teresina.

Quanto ao tratamento, para a conjuntivite viral não há um específico, no entanto, o médico dá algumas dicas que podem auxiliar na minimização do incômodo provocado pela doença. “Recomenda-se o uso de compressas frias ou geladas sobre as pálpebras fechadas para ajudar a desinflamar a superfície do olho e melhora os sintomas do paciente”, destaca o especialista do Hapvida.

Entrevista: 

 Conjuntivite é uma doença de estação? Quais as maneiras de evitá-la?

A conjuntivite viral é a forma mais comum e, geralmente, esse tipo é causado por um vírus conhecido como adenovírus. É autolimitada e benigna, quer dizer, melhora sozinha mesmo, não deixa sequelas e não traz ameaça séria a visão. É altamente contagiosa, normalmente tem um pico de incidência no verão, onde as pessoas nadam na piscina, no mar e, dessa maneira, acabam contaminando umas às outras, e no inverno onde tem um aumento da incidência de vírus que pode afetar as conjuntivas. Apesar de não ser grave, provoca muito incômodo e alguns cuidados devem ser tomados para que não se transforme em epidemia. A transmissão da conjuntivite viral é bastante fácil de acontecer. As pessoas podem se infectar por meio de secreções oculares. Se o paciente encostar nos olhos e logo após tocar em algum objeto e outra pessoa também utilizar o mesmo objeto, ela pode ser infectada. Pode ser pelo contato das mãos que não foram lavadas, por abraços e beijos, pelo compartilhamento de toalhas, acessórios como óculos e produtos de maquiagem, por espirros e tosses, e até mesmo em grandes multidões.  Mas é importante deixar claro que a doença não é transmitida pelo ar. Não tocar nas mesmas coisas que alguém com a doença já é o bastante para não ser contaminado.

Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:

Lave suas mãos com frequência.

Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.

Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.

Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite;

Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite; 

Evitar piscinas. 

Existe remédio certo para curar conjuntivite ou as medidas adotadas são apenas paliativas?

O tratamento da conjuntivite vai depender do tipo, se vírus, bactéria ou alérgica.  No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. Recomenda o uso de compressas frias ou geladas sobre as pálpebras fechadas para ajudar a desinflamar a superfície do olho e melhora os sintomas do paciente.

Quais os principais sintomas? Como é o tratamento?

O principal sintoma da conjuntivite viral é o aumento da secreção dos olhos, que pode ser de cor branca ou amarela. Por se tornar muito mais espessa do que o normal, acaba ocasionando, muitas vezes, a dificuldade em abrir os olhos ao acordar.

Além desse sintoma, outros podem se manifestar, tais como: vermelhidão dos olhos, coceira e dor nos olhos, sensação de areia nos olhos, fotofobia (hipersensibilidade à luz), secreção nasal, inchaço nas pálpebras, visão embaçada.

O tratamento da conjuntivite viral é feito com o uso de colírios e de lágrimas artificiais, de 4 a 6 vezes ao dia, durante o período sintomático.

A conjuntivite viral gera muito desconforto e, para aliviar os sintomas, o indivíduo deve lavar os olhos ou fazer compressas geladas. 

Lembrando que o tratamento específico vai depender de cada conjuntivite, podendo usar colírios antibióticos, antialérgicos ou lubrificantes.

O clima de chuva aumenta as chances de contrair conjuntivite?

A conjuntivite viral é a do tipo mais comum e ocorre mais no inverno ou no verão, quando o clima favorece as condições de propagação do vírus, seja porque as pessoas estão em ambientes úmidos e fechados, seja porque estão em piscinas, praia ou no clube.

O principal causador da conjuntivite é o adenovirus e sua transmissão pode ocorrer através do contato direto com a região dos olhos, ou através da gripe, já que o agente causador é o vírus.

Quanto tempo em média demora para que os sintomas comecem a desaparecer?

Depende do tipo da conjuntivite e tratamento adequado. No caso da conjuntivite viral, o tempo de incubação do vírus em nosso organismo leva de 1 a 4 dias, período em que a pessoa já está passível de transmissão, porém sem sintoma algum. É aconselhável que nesses 4 primeiros dias, a pessoa permaneça isolada em casa para não transmitir o vírus a outras pessoas.

Após esse período de incubação, os primeiros sintomas começam a aparecer e permanecem por 5 a 15 dias.

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