Nesta quarta-feira (02), as atividades da Universidade Estadual do Piauí, campus Picos, foram paralisadas com o intuito de mostrar e pedir melhorias para o campus, que vem passando por uma situação de calamidade no ensino.
Os motivos que levaram a paralisação do campus como forma de protesto foram, a falta de professores em quase todos os cursos, insuficiência de salas, falta de materiais para o uso dos laboratórios, atraso salarial dos terceirizados, que já estão com três meses sem receber, corte de funcionários da segurança do campus, falta de assistências para os estudantes que vem de fora e cancelamento do edital de monitoria remunerada no campus para esse semestre 2019.2.
O acadêmico do 4° período de jornalismo da UESPI, Vinícius Coutinho, conta as dificuldades enfrentadas por falta de professores que vem desde o primeiro semestre, fala da situação triste vivenciada em outros cursos da instituição.
“Sobre o curso, duas disciplinas pendentes no semestre em cada turma de jornalismo, temos oito disciplinas descobertas pela falta de professor no curso, nós do curso de jornalismo estamos mobilizados, pela falta de professores, de equipamentos, um laboratório adequado”, pontuou o acadêmico.
O DCE realizou uma assembleia com todos os acadêmicos da instituição para organizar e ver como agir, a proposta seria que a universidade fosse ocupada, os turnos manhã e tarde do centro de ensino aceitaram em maioria, porém na assembleia os alunos do turno noite não aderiram a ideia e se recusaram a assinar a ata, inviabilizando assim que a universidade fosse ocupada.
A Diretora de Planejamento do DCE e também acadêmica do 6° período de Direito da instituição, Kirllyan Crys, fala da situação de urgência em que a universidade vive. “Tem cursos que o déficit de professores é muito grande, o curso de contábeis chega a ter aula duas vezes na semana por falta de professores, salas de aulas, tem turmas assistindo aula s\junto porque não há professores e usam o auditório por falta de local, outras assistem aulas no laboratório de informática por falta de espaço”, expressou.
Não há data prevista para a próxima assembleia, mas foi frisado que a paralisação da quarta feira (01), foi o marco inicial para sinalizar que estão querendo resposta do governo estadual e que está havendo problemas no campus, houve um fechamento simbólico dos portões, ninguém foi impedido de entrar na universidade, apenas os veículos que tiveram que ficar do lado de fora.
