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26 de abril de 2024
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Universidade Federal do Piauí: Uma greve contra os estudantes; Saiba mais!

Professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI)​ decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, ou seja, até que um governo indisposto e sem condições de atender seus pedidos, resolva negociar e abrir o cofre. Juntam-se, assim, a dezenas de outras instituições federais de ensino, cujos professores também estão de braços cruzados, em um movimento que pode ser justo, mas que merece mesmo a classificação de insensato.

O pretexto da greve é maior ganho salarial. No cenário de escassez de grana em que vive o país, este é um pedido que está na contramão da disposição do governo Dilma de abrir o cofre para bondades pecuniárias.

Neste cenário, com efeito, a greve que é para pressionar o governo Dilma termina alvejando mesmo os estudantes, estejam eles entrando, no meio ou no final do curso. Quem está na reta de chegada da graduação, aliás, tem mais a perder, porque adiará por pelo menos uns seis meses a chance de começar a entrar no mercado de trabalho, uma selva desconhecida por brasileiros que trabalham no serviço público e têm constitucionalmente o direito de não serem demitidos, mesmo quando a crise é brava e reduz as receitas públicas.

É claro que sempre haverá quem nos lembre quão justas e legítimas são as reivindicações dos professores. Verdade, mas há também há um caminhão de insensatez no meio dessa gana reivindicatória, principalmente se levarmos em conta que a greve de 2012, que durou mais de 120 dias, resultou em pouco ou quase nada de ganhos para os professores. Lembrando que três anos atrás nem havia uma crise econômica da dimensão da atual, tampouco uma crise política que enfraquecia a presidente Dilma Roussef, que estava em seu segundo ano de mandato e ainda colhendo louros da vitória eleitoral.

Se existe um resultado realmente duradouro da greve de 2012, pode-se colocá-lo na coluna do prejuízo dos estudantes. Os semestres letivos se estenderam muito além de um ano civial no calendário gregoriado e para “ajeitar” as coisas é claro que, em muitos casos, a qualidade do ensino foi comprometida, porque muita gente precisou comprimir o período letivo para dar conta do tempo que faltava.

Se a greve de 2012 não resultou em grandes ganhos para os professores, entre os estudantes estudantes ela fez vítimas em quantidades industriais – tal e qual deve ocorrer agora, com essa greve cujos resultados práticos não duvidosos. Frise-se, por necessário, que com uma crise que derrubou as receitas públicas, uma greve por mais salário terminará sendo esvaziada pela ação do tempo, que pune os insensatos e também os inocentes.

 

 

Fonte: O Olho

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