25.7 C
Jacobina do Piauí
25 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralNordeste em FocoSaúde

“Vacina tem protegido contra a morte 100% dos vacinados”, diz infectologista

Vacinas de Oxford — Foto: Sesap

“A vacina tem protegido contra a morte 100% das pessoas vacinadas”. A avaliação é do médico infectologista Carlos Henrique Nery Costa que repercutiu o estudo que comprovou uma eficácia maior da Coronavac que saiu de 50,38% para 50,7%, chegando a 62,3% com intervalos maiores entre as doses. Contra casos moderados, o imunizante tem eficácia de 83,7%, quando o dado anterior apontava 78%. O artigo foi elaborado por profissionais que conduziram os testes da Coronavac no Brasil, liderados pelo Instituto Butantan. O documento foi submetido para análise da revista científica The Lancet.

“A gente já esperava que tivesse uma eficácia maior porque os dados da Turquia com a Coronavac foram mais positivos que os dados do Brasil. É importante ter em conta que a eficácia se refere a diversos níveis da doença. Essa eficácia pode ter algum sintoma da doença. Agora, a eficácia para a doença grave ou fatal é 100%. Nos grupos estudados das pessoas vacinadas, ninguém morreu. Se pode dizer que a vacina tem protegido contra a morte 100% das pessoas vacinadas, disse o infectologista Carlos Henrique Nery Costa.

O médico alerta que, de acordo com o estudos, a fase de proteção da vacina só está completa duas semanas após a segunda dose. O especialista reforça o apelo para que as pessoas não deixem de se vacinar.

“As pessoas têm que tomar a vacina, não há o que se discutir, não há o que pensar duas vezes, não há fantasma nessa história, não tem monstrinhos escondidos dentro da vacina. A vacina é vida como sempre foi, é extremamente protetora e fundamental para o controle da pandemia”, destaca Carlos Henrique Nery Costa acrescentando que, mesmo quem foi vacinado, ainda pode ser infectado.

“Embora não adquiram uma doença mais grave, uma vez adquirida a infecção, as pessoas podem transmitir para outras pessoas. Isso faz com que todos tenhamos de manter as medidas de proteção individual: o uso de máscara, lavar as mãos, uso de álcool em gel, fazer o distanciamento e ficar em casa quando puder e ter as medidas sociais mais amplas, particulamente agora que a transmissão está intensa no Brasil com a variante P1. É um jogo de todo mundo. A vacina, por hora, não resolve. Estamos com 11% de vacinados. Vamos ter que chegar a faixa de 70 a 80% para ter imunidade de grupo e o vírus seja vencido”, destaca o infectologista.

“Por hora , ele (vírus) está aí, é um inimigo comum! estamos em uma guerra, temos que agir simultaneamente. A participação de todos é essencial, ninguém está isolado neste jogo. Não adianta ninguém querer se esconder, tirar a máscara, fazer negligência porque estará colocando os outros em risco. À medida que você relaxa os cuidados, está colocando os outros em risco. É preciso que haja medidas mais duras em relação a pessoas que resistem às medidas de proteção recomendadas pelas autoridades em saúde pública”, completa Carlos Henrique Nery Costa.

Fonte: Graciane Sousa / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais