Começa o show, antes de abrir a cortina, Vicente cantando Por nós já tem Deus, parecendo até um testemunho ou um desabafo. Na plateia também um show, ou vários, acontecem. Fãs (não sei se da banda, da cachaça ou das paixões mal resolvidas) de joelhos e mãos dadas reverenciam e esperam o ídolo(?). Parecia até uma romaria ou sessão espírita. Não faltou nem mesmo a pinga pro santo.
Quem foi que falou?
que eu estou acabado,
Quem foi que falou?
Que eu tô esquecido,
E fora de moda!?
O que vem de baixo
Não dói não me incomoda!
Tenho Deus comigo.
Nele eu tenho fé!
E nesta profissão de fé as cortinas se abriram trazendo um Vicente Nery meio roqueiro, de preto e óculos escuros, entretanto os símbolos religiosos, nordestinos completavam o look do Menino. Cordão à la São Francisco e crucifico de madeira.
E com a eterna Meiga senhorita e as trilhas
que ilustram as dores de amor dos Nonatos a banda abre as alas da noite musical.
Neste novo show foram incluídos alguns (intermináveis) ritmos, não tão ritmos assim, mais “populares”, talvez com o objetivo de agradar uma galera mais popularesca. Os de carteirinhas não gostaram muito, mas o que Vicente faz os seguidores apoiam, mesmo que não os agradem tanto.
Não faltou a troca de look, os chapéus também deram o seu show, lindos como tudo que o VN toca. As meninas dançaram e exibiram suas formas torneadas e as calcinhas também. Ele estava mais animado, solto, comunicativo e, narcisista, ou antenado? Se filma, pede para ser filmado, faz pose canta para a câmera de um dispositivo móvil com que a produção registrava o espetáculo. O que importa é que o nosso Menino cheiroso estava bem feliz e fez feliz às suas e seus fãs.
As canções de recordação voltam, agora com outros sucessos imortais. E no fechamento da apresentação incendeia com Frevo mulher para que a despedida não doa tanto.
