O governador Wellington Dias já adiantou que não vai seguir o decreto do presidente Jair Bolsonaro que passa a considerar como essenciais serviços de salão de beleza, academias de ginástica e barbearias. Questionado sobre a flexibilização, Bolsonaro disse que “saúde é vida”. Mas, ainda ontem, o governador do Piauí disse em suas redes sociais que, por aqui, nada vai mudar e que esses serviços continuarão proibidos de funcionar até o fim da quarentena.
Wellington Dias escreveu que: “ sobre o decreto do presidente Bolsonaro, considerando academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais, destaco que, aqui, no Piauí, seguiremos com nossos decretos estaduais. Estes serviços permanecem fechados.” O governador enfatiza que vai continuar pautando suas decisões pela ciência, mantendo o isolamento social, que é a melhor estratégia reconhecida até agora para conter o avanço do novo coronavírus.
E cita o exemplo dos estados vizinhos, Maranhão e Ceará, onde os sistemas de saúde já entraram em colapso e o número de casos da doença explodiu. O governador havia se manifestado ontem, por volta do meio dia, em uma live, revelando a preocupação com a queda na taxa de isolamento e o consequente aumento no número de leitos ocupados. E chegou a cogitar a possibilidade de adotar o bloqueio total, conhecido como lockdown, caso o índice de ocupação dos leitos ultrapasse 55%.
O decreto do presidente pegou de surpresa até mesmo o Ministro da Saúde, Nelson Teich, que tomou conhecimento da decisão pelos jornalistas e mostrou-se surpreso diante da notícia. Os infectologistas são unânimes quanto à necessidade de manter o isolamento social para achatar a curva de crescimento e de mortes pela covid-19.
Fonte: CidadeVerde